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A economia compartilhada chegou para ficar e segue promovendo mudanças no status quo. Com uma estimativa de crescimento global de US$ 335 bilhões até 2025, esse segmento tem tudo para causar ainda mais impacto no modelo econômico centrado nas grandes corporações.
Como resultado disso, uma diferente percepção sobre o capitalismo toma conta dos consumidores: o capitalismo comunitário. Trata-se de um novo modelo econômico, que terá efeitos a longo prazo nas regulamentações governamentais, no planejamento cívico e no futuro do trabalho e do desenvolvimento regional, ou seja, modificará todos os setores de nossas vidas.
Grande parte dessa percepção é gerada pela modificação de comportamento do consumidor. Com a crescente de tendências como o consumo local, por exemplo, a empatia é o ponto de decisão no momento da compra, onde as pessoas garantem preferência aos produtos e serviços de origem é conhecida, aumentando assim a lucratividade de pequenos produtores ao invés de grandes marcas, e valorizando o trabalho local de pequenos centros urbanos e rurais.
Ao optar por um produto do produtor local ao invés da marca industrializada disponível no mercado, o consumidor interrompe a cadeia tradicional de consumo e inicia essa nova modalidade de capitalismo através da comunidade.
Os imperfeccionistas (leia aqui o conteúdo) também auxiliam nessa mudança de comportamento. Preferindo itens “imperfeitos”, seja na parte da matéria-prima ou do acabamento, eles incentivam a compra de produtos produzidos artesanalmente, através das mãos do produtor, e não de máquinas de última geração presentes em grandes indústrias. O artesanal - tendência já em evidência nos últimos anos -, gera esse mecanismo de consumo com a valorização de cada produto individualmente e também de seu produtor.
Em expansão na América Latina, a economia compartilhada toma novos caminhos a cada dia. Para o Airbnb, que registrou um crescimento anual de 200% desde 2015, o Rio de Janeiro é a terceira cidade que mais recebe usuários do site, perdendo apenas para Nova York e Paris. Outro gigante do setor, a Uber, emprega na Cidade do México mais de 10 mil motoristas pertencentes à geração do milênio.
O capitalismo comunitário está se espalhando rapidamente. A economia compartilhada na Índia ajuda a dar emprego a uma parcela das 13 milhões de pessoas que entram anualmente no mercado de trabalho; regiões da África e da Europa Oriental registram crescimento similar.
No entanto, embora haja um lado positivo no capitalismo comunitário com a criação de empregos, renda, dinheiro injetado na economia local e fatores ambientais, há também contrapartidas, como salários flutuantes para trabalhadores capacitados e a dificuldade das empresas em manter os trabalhadores empregados a longo prazo. Os governos estão lidando com essa economia de várias formas. Em algumas cidades e países estão banindo as empresas, enquanto outros investem, na esperança de reter os jovens que estão buscando emprego em outras regiões.
Com a alta do estilo maximalista (saiba mais clicando aqui), o verdadeiro significado de cada item é o ponto de importância. Itens comprados em viagens, de produtos locais, geram uma afetividade muito maior do que um item produzido em série por uma multinacional, por exemplo. Rechear a casa de lembranças dos momentos vividos causa um maior impacto positivo na vida das pessoas do que o já conhecido consumismo desenfreado, apenas com o intuito de possessão.
O fato é que com o aumento do capitalismo comunitário, as grandes corporações precisam demonstrar melhor o seu valor, deixando claro seus propósitos e atitudes que geram benefício na vida das pessoas. Os imperfeccionistas não aceitam marcas que não se posicionem, e por isso preferem comprar da comunidade, onde eles podem conversar diretamente com o produtor e entender todo o ciclo de produção do produto.
O que isso significa para 2020 e o futuro? As empresas precisam compreender as novas prioridades do mercado de trabalho, que incluem horários flexíveis e a possibilidade de trabalhar remotamente, por exemplo, e analisar as oportunidades que surgem de parcerias estratégicas. Além de entender os movimentos que chegam através dos imperfeccionistas e do Design Afetivo (clique aqui para saber mais), onde o que realmente importa é o motivo da existência e não mais apenas o produto em si.
por Refresher